Goiano com licença para esbanjar - Câmara de Parauapebas autoriza gastos de quase R$ 240 milhões
- Wilson Rebelo
- 27 de out.
- 2 min de leitura

O prefeito Aurelio Goiano mandou e a sempre subserviente Câmara Municipal de Parauapebas aprovou nesta segunda-feira, 27, o Projeto de Lei nº 237/2025, que autoriza o remanejamento de até 10% do orçamento vigente por meio de crédito suplementar.
Bastaram cinco parágrafos em um ofício para Aurelio conseguir 12 votos a favor do projeto de lei, que foi aprovado com apenas 4 votos contrários. Agora, Goiano pode gastar mais R$ 239.310.274,00 do orçamento de 2025, anulando total ou parcialmente as despesas que achar conveniente. Alegadamente, essa cifra astronômica servirá para, de acordo com a prosaica justificativa do prefeito, "garantir o processamento orçamentário das despesas com pessoal e demais serviços essenciais".
No ofício, o marotíssimo prefeito de Parauapebas ainda garante que "a cobertura deste crédito será feita através da anulação parcial ou total de outras dotações orçamentárias de projetos/ou/atividades que não serão executadas neste exercício, porém, não irá comprometer o atendimento feito à população."
É preciso lembrar que, no final de dezembro do ano passado, a Câmara Municipal de Parauapebas aprovou a Lei Orçamentária Anual (PL nº 140/2024), fixando as despesas em R$ 2.393.102.740,00 e autorizando 30% de suplementação, o que já é algo exagerado.
Agora, Goiano terá mais 10% e assim nada menos que 4 de cada 10 reais do dinheiro do cidadão de Parauapebas terão sido gastos como Goiano bem quiser, tornando o orçamento praticamente uma peça de ficção.
A volúpia de Goiano por dinheiro sem controle e a submissão da maioria da Câmara Municipal às vontades do prefeito, incomodaram alguns vereadores.
A vereadora Erica Ribeiro por exemplo, deixou bem clara sua posição: “Gostaria de saber onde será utilizado o recurso. Me questiono se não é possível nos dizer em quê será usado o dinheiro. Se haverá alteração no orçamento, devem ser mostrados para onde vão esses recursos.”
A vereadora Maquivalda Barros, manifestou-se no mesmo sentido: “Se os nobres parlamentares abrem mão de saber a destinação dos recursos, é uma decisão de cada um. Eu respeito o posicionamento dos colegas, mas meu voto é não. Votaria sim se soubesse o destino e em quê seriam investidos esses recursos.”










Comentários