Aurelio diz que não volta à mesa de negociações com servidores de Parauapebas
- Wilson Rebelo
- 20 de mar.
- 2 min de leitura

Nesta quarta-feira, 19, o prefeito Aurelio Goiano (Avante) mandou informar que deu por encerradas as negociações com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde), em Parauapebas.
A resposta de Aurelio veio vinte dias depois de ter sido comunicado que os servidores aceitaram o reajuste oferecido para o auxílio-alimentação, rejeitaram o índice de 5% de reposição salarial, equivalente a 0,17% de ganho real sobre a inflação e mantiveram a reivindicação de revogação da Lei 5.554/2025, que criou mais de 580 novos cargos de assessoria.
Na compreensão do Sindsaúde, baseada na manifestação do juiz Lauro Pontes na audiência de justificação da Ação Civil Pública proposta pelo Sindsaúde contra a Lei 5.554/2025, a lei é inconstitucional e as nomeações dela decorrentes oneram de tal maneira os cofres do município que impedem a concessão de um ganho real maior aos servidores efetivos.
No ofício enviado ao Sindsaúde, Aurelio reitera a proposta apresentada pela Prefeitura e informa que qualquer valor a mais que seja dado de reajuste será suficiente para violar as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal. Goiano sequer se refere ao pedido de revogação da Lei das Mamadeiras, como vem sendo chamada a Lei 5.554/2025.
O Sindsaúde vai interpelar novamente o prefeito de Parauapebas sobre a revogação da lei e a possível reabertura das negociações, mas as chances são mínimas de que Goiano mude de opinião.
Ao final do seu comunicado, o Sindsaúde informa que, depois que receber nova resposta do gestor municipal, convocará uma assembleia geral para que os servidors deliberem se aceitam a reposição proposta por Aurelio Goiano ou se entram em "estado de greve".
Apesar do ofício exibido ter sido enviado ao Sinsaúde, é certo que o Sindicato dos Servidores Públicos de Parauapebas (Sinseppar) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará (Sintepp), que representam outros segmentos dos servidores públicos municipais, receberão de Aurélio Goiano o mesmo e sonoro "NÃO" como resposta.
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