top of page

IBAMA terá que explicar destino de quase 9 mil cabeças de gado apreendidas, dizem produtores

  • Foto do escritor: Wilson Rebelo
    Wilson Rebelo
  • 28 de mar.
  • 2 min de leitura
ree

A Associação de Produtores Rurais Independentes da Amazônia (APRIA) resolveu comprar uma briga enorme com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A APRIA está cobrando, na Justiça Federal, que o IBAMA esclareça que fim levaram as quase 9 mil reses apreendidas na Amazônia Legal, desde 2023.


Nos últimos dois anos, o IBAMA vem realizando constantes operações na Amazônia, em especial no Pará e em Roraima, que sempre resultam em apreensões de gado. Agora, através de Ação Civil Pública, a APRIA cobra respostas do órgão ambiental sobre a destinação de nada menos que 8.863 mil cabeças de gado, entre bois, vacas, novilhos e bezerros, que o IBAMA já tomou dos produtores rurais.


Pelas contas dos produtores, isso é equivalente a mais de 1,6 milhão de quilos de carne, suficientes para alimentar cerca de 67 mil pessoas durante um anos. O valor total do gado tomado pelo IBAMA corresponde a mais de 31,4 milhões de reais.


Agora, os produtores querem que o IBAMA apresente um ralatório detalhado dizendo a procedência, destino e, caso as reses tenham sido abatidas, onde isso aconteceu e quem recebeu a carne dos animais abatidos. Em especial, eles querem saber quem foi beneficiado com a quantidade expressiva de carne e outros subprodutos do gado, decorrentes das apreensões realizadas pelo órgão ambiental.


Através de publicações do próprio IBAMA, a APRIA identificou que a Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Pará (ADEPARÁ) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) teriam sido beneficiadas com o gado apreendido. Ambas foram citadas na ação movida pela APRIA e também terão que se explicar.


A desconfiança de alguns produtores é que parte do gado apreendido tenha tido destinação contrária à legislação. A dúvida somente será esclarecida depois que o IBAMA apresentar seu relatório.


Mas, ao que parece, o IBAMA não quer nem ouvir falar em prestar conta da boiada apreendida. Na ação que a APRIA ajuizou pedindo prestação de contas do gado apreendido, o órgão nem sequer foi intimado e já peticionou nos autos pedindo que o juiz negue a medida cautelar de urgência.


A Ação Civil Pública 1002243-89.2025.4.01.3801 foi ajuizada na 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Marabá, que deverá se manifestar nos próximos dias determinando ou não a abertura da "caixa-preta" do IBAMA, como dizem os produtores rurais.

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação

Compartilhe:

anuncie_introducao-1024x582_edited_edited.jpg
Disque.png
bottom of page