Produtores rurais de Uruará contestam operação do Ibama que apreendeu gado. "Ilegal", dizem
- Wilson Rebelo
- 20 de mar.
- 2 min de leitura

Uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), está causando sérios prejuízos aos produtores rurais da região de Uruará, oeste do Pará, na região conhecida como “Chapadão”. Cerca 850 cabeças de gado já foram apreendidas e muitas delas confinadas em currais inadequados, especialmente para os bezerros apartados precocemente de suas mães.
Desde a terça-feira, 18, o Ibama age na região. Os produtores rurais da região se opõem à ação do Ibama, alegando que o órgão ambiental não tem autorização judicial específica para reter os animais.
Na terça-feira, como não houve acordo com as autoridades no sentido de suspender a operação, os manifestantes derrubaram uma castanheira e a usaram para interromper o tráfego na PA-370, conhecida como Transuruará.

Em consequência da resistência oferecida contra a ação do Ibama, os vereadores Elielton Lira (PDT) e Malaquias Mottin (PL), juntamente com o repórter João Coragem foram multados em R$ 21.500 cada um, por alegadamente “dificultar a ação do Poder Público no exercício de atividades de fiscalização ambiental."
A operação do Ibama, denominada “8 segundos”, está concentrada na região do Chapadão, entre os municípios de Santarém e Uruará, mas até o final do mês deve se expandir pelos mais de 13 mil hectares de toda a região, que ao longo dos anos foi desmatada e vem sendo explorada por centenas de famílias há décadas.
O gado apreendido pelo Ibama foi levado para um frigorífico do município de Santarém. Sendo feita a vontade do Ibama, as reses serão abatidas e a carne destinada a instituições públicas dos dois municípios.

A as ações do Ibama repercutiram em Brasília. O senador Zequinha Marinho (PSD-PA), que preside a Comissão de Agricultura do Senado, esteve hoje na Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo providências contra as ações do Ibama, que ele considera despropositadas.
Além disso, Zequinha Marinho deverá convocar, com urgência, audiência pública no Senado para discutir a situação dos produtores rurais que têm propriedades em áreas embargadas.
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