Sem reajuste, servidores de Parauapebas farão manifestação contra Aurelio para retomar negociações
- Wilson Rebelo
- 8 de abr.
- 2 min de leitura

Nesta segunda-feira, 7, em assembleia geral, os servidores representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará - Sindsaúde decidiram unificar o movimento e junto com os demais servidores municipais de Parauapebas vão paralisar suas atividades na próxima quinta-feira, 10, como forma de pressionar o prefeito Aurelio Goiano (Avante) a retomar as negociações envolvendo o reajuste anual de salários e outras pautas específicas.
Antes do Sindsaúde, os trabalhadores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará - Sintepp, já haviam decidido paralisar suas atividades. Sintepp e Sindsaúde estão unificados com o Sindicato do Servidores Públicos de Parauapebas - Sinseppar e planejam realizar uma manifestação em frente ao gabinete do prefeito, a partir das 9 horas da próxima quinta-feira.

Os sindicatos não gostaram nem um pouco da postura de Goiano e seus negociadores, durante as discussões realizadas em março deste ano. Entenderam que há má-vontade e desrespeito por parte da administração municipal em relação às lideranças dos servidores.
A verdade é que, desde janeiro, com a posse de Goiano na Prefeitura de Parauapebas, os sindicatos não estão tendo vida fácil. Acostumados com a forma de negociar do ex-prefeito Darci Lermen (MDB), os servidores estranharam a demora de Aurelio em instalar a mesa de negociação. Os sindicatos foram obrigados a pressionar fortemente para que as trativas começassem.
Mais surpresos ficaram ao ver que Aurelio ofereceu um irrisório ganho real de 0,17% aos servidores, mas faz aprovar a "Lei das Mamadeiras", criando quase 600 cargos de assessoria especial, ao custo estimado de R$ 63 milhões com funcionários sem qualificação ou função específica.
Por outro lado, Aurelio justifica o aumento salarial pífio com base na atual situação financeira da Prefeitura de Parauapebas. Segundo o prefeito, a folha salarial está no limite. Ocorre que não foi isso que Aurelio disse quando quis aprovar a "Lei das Mamadeiras". No início do ano, Goiano afirmou que Parauapebas comprometia apenas 39% de sua receita com o pagamento de salários.
Os sindicatos querem tirar a limpo afirmações tão divergentes e pedem que Aurelio abra a "caixa-preta" e apresente oficialmente os números de comprometimento de receita com a folha de pagamentos da prefeitura.
Além disso, os servidores querem que Goiano pague o reajuste de R$ 200 no auxílio alimentação, oferecido pelo próprio prefeito e aceito pelos servidores. Segundo os sindicatos, o reajuste deveria ter sido incluído na folha de março, mas isso não aconteceu.
Com o abrupto encerramento das negociações, os servidores resolveram escalar a confrontação e vão realizar a manifestação conjunta no dia 10, sem descartar a possibilidade de greve geral do serviço público caso Aurelio não volte a negociar com a categoria.
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