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Marabá contrata show estimado em R$ 700 mil. "Faltam macas no hospital", diz oposição ao criticar gasto

  • Foto do escritor: Wilson Rebelo
    Wilson Rebelo
  • 19 de mar.
  • 2 min de leitura
Natan - R$ 700 mil para cantar em Marabá
Natan - R$ 700 mil para cantar em Marabá

Nem tudo é alegria em Marabá. Enquanto prepara-se a festa do aniversário dos 112 anos da cidade, tem quem não concorde com os altos custos da festa, justamente no momento em que o município enfrenta uma grave crise na saúde pública e na educação. Para surpresa geral, a Prefeitura de Marabá deverá pagar nada menos que R$ 700 mil pelo show do cantor "Nattan", previsto para a noite do dia 4 de abril.


O alto preço do show do cantor cearense, pago com dinheiro do contribuinte, virou notícia e repercutiu na Câmara Municipal de Marabá onde foi alvo de questionamento por parte do vereador Marcelo Alves, 2º Vice-Presidente da Casa de Leis.


"Eu quero saber se a população concorda em pagar esse valor por um show, enquanto falta maca no hospital", disse o vereador Marcelo.

Para Marcelo, o prefeito Toni Cunha (PL) não consegue estabelecer prioridades e toma decisões equivocadas. "O governo consegue fazer contrato com "dispensa de licitação" para pagar um show, mas não consegue licitar macas e merenda escolar, por exemplo. Como é possível?", interroga Marcelo Alves.


O que irrita a oposição é que, ao assumir, Toni Cunha "cancelou" o Carnaval em Marabá. Na época alegou que precisava "cortar gastos". A decisão contrariou muita gente que gosta da folia e que sempre recebeu um certo incentivo por parte da Prefeitura. Agora, sem que demonstre qualquer melhora nas contas públicas, surpreende com gastos elevados no aniversário da cidade e promete gastar ainda mais no Festejo Junino.


Sobre a origem do dinheiro para custear o show controverso, uma fonte do site, bastante próxima ao gabinete de Toni, informou que o mavioso "Nattan" será pago com recursos de emenda parlamentar, destinada para Marabá por um deputado federal.


Os oposicionistas argumentam que, mesmo que o dinheiro não saia diretamente dos cofres do município, não muda o fato que será dinheiro do contribuinte a financiar algo abaixo do chamado "gasto supérfluo" e chega ao padrão do "absolutamente desnecessário". Destinada a pagar um show discutível, a emenda parlamentar poderia ser melhor empregada em outras áreas da Prefeitura de Marabá, dizem.


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Por exemplo, com os mesmos R$ 700 mil seria possível comprar, 116 camas hospitalares elétricas, automatizadas e com colchões de alta densidade, como esta na imagem ao lado.


Caso os pacientes marabaenses não merecessem tanto conforto, outro modelo de cama hospitalar manual, com articulação para dois movimentos custa cerca R$ 2.200 e com os R$ 700 mil do Nattan daria para comprar cerca de 323 dessas camas.


Macas capazes de suportar até 300 Kg custam menos de R$ 400 reais a unidade. Caso desistisse de entregar na mão do cantor cearense os 700 mil pacotes, Toni poderia comprar nada menos que 1.750 macas.


Ao optar por contratar um show caríssimo, Toni mantém a toada de tomar decisões por vezes controversas, que abrem espaço para críticas contundentes. Assim, entende-se quando uma bem humorada liderança marabaense afirma que "com Toni na prefeitura, enquanto Nattan pega "subindo" R$ 700 mil, a saúde e a educação engatam a marcha à ré".

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